Glee, GQ and the Sexualization of Young Girls
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0:04 - 0:09O último número da GQ tem algumas fotos altamente sexualizadas de alguns membros do elenco do Glee.
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0:09 - 0:12Concretamente, as caucasianas heterosexuais.
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0:12 - 0:15Eu diria que eles criaram uma nova controvérsia mas na verdade é o velho argumento sobre
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0:15 - 0:18se são ou não aceitáveis imagens de mulheres sexualizadas.
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0:18 - 0:22A razão pela qual esta sessão fotográfica é diferente das milhares de fotos de mulheres quase nuas
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0:22 - 0:28que cobrem as páginas das revistas para homens é que esta tanto pode ser considerada de pornografia
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0:28 - 0:33como de pedofilia. Francamente, sinto-me mal que tenha que haver, sequer, um debate sobre se estas imagens
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0:33 - 0:37são perturbadoras ou não. O Conselho de Pais da Televisão publicou uma declaração contra a
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0:37 - 0:43sessão fotográfica dizendo "É perturbador que a GQ, que é explicitamente escrita para homens adultos, esteja a sexualizar
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0:43 - 0:48os actores que interpretam estudantes do ensino secundário na série 'Glee' desta forma. Isto está perto de ser pedofilia."
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0:48 - 0:52Como resposta, a GQ publicou esta declaração, "O Conselho de Pais da Televisão não deve andar a ver
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0:52 - 0:57televisão ultimamente e devia aprender a separar a realidade da fantasia. Como acontece frequentemente em
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0:57 - 1:01Hollywood, estas "crianças" andam na casa dos 20 anos, o Cory Montieth tem quase 30! Penso que eles
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1:01 - 1:03têm idade suficiente para fazerem o que quiserem".
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1:03 - 1:07Primeiro GQ, não importa a idade dos actores porque eles são conhecidos é pela representação
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1:07 - 1:10de estudantes do ensino secundário numa série de televisão muito popular.
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1:10 - 1:16Esta sessão fotográfica está a representar especificamente personagens de ficção num ambiente escolar.
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1:16 - 1:20Esta sessão fotográfica não é diferente das inúmeras fotos pornográficas que infantilizam
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1:20 - 1:22mulheres adultas e tornam em fetiches raparigas novas.
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1:22 - 1:28Quantas vezes não vemos nos meios de comunicação mulheres vestidas de raparigas com chupas
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1:28 - 1:35e com roupas de estudante católica só para que homens heterossexuais possam viver as suas fantasias perturbadoras
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1:35 - 1:37de dominadores a corromper inocências.
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1:37 - 1:43A GQ não engana ninguém, eles foram muito claros na propaganda e qual
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1:43 - 1:47era a audiência que pretendiam e o facto de que há pessoas a defendê-los só mostra
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1:47 - 1:53o quão dessensibilizados já estamos como uma sociedade para a generalização da sexualização
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1:53 - 1:56de raparigas novas. É importante lembrar que a GQ é um negócio
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1:56 - 2:02cujo único desejo é lucrar a vender revistas e mais importante que isso,
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2:02 - 2:04a vender os espaços publicitários dentro das revistas.
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2:04 - 2:09Eles sabem que imagens apelam à sua audiência masculina, eles sabem que isso vai causar
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2:09 - 2:14controvérsia e não querem saber nem assumem qualquer responsabilidade por promover e
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2:14 - 2:18encorajar imagens de raparigas novas completamente sexualizadas e não querem saber do enorme
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2:18 - 2:24impacto social que isso tem. Em segundo lugar, que disparate é este sobre a "realidade vs fantasia"?
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2:24 - 2:30Isso é mesmo um esticão GQ, é que estas a falar de uma série de televisão sobre estudantes do ensino secundário que milhões
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2:30 - 2:35de pessoas vêem todas as semanas e tu pegaste naquelas personagens e tornaste-as numa forma de fantasia pornografica
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2:35 - 2:40masculina. Isto não é sobre um miudo de 8 anos pegar na revista e ver as fotos. Isto é um assunto de saúde
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2:40 - 2:45pública sobre a maneira como as mulheres são constantemente sexualizadas nos meios de comunicação.
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2:45 - 2:48Com a ajuda dos media, rapazes e homens estão a ser treinados para ver e expectar certos
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2:48 - 2:53comportamentos das mulheres como a vontade de se submeterem aos seus desejos sexuais a qualquer momento ou
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2:53 - 2:57em qualquer lugar e o direito de terem acesso directo e completo ao corpo das mulheres.
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2:57 - 3:01A omnipresença deste tipo de imagens afecta as mulheres e o seu sentido
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3:01 - 3:06de auto-respeito mas também afecta os rapazes e os homens porque estes estão a ser ensinados a não ter qualquer sentido
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3:06 - 3:11de integridade sexual ou empatia, e que o corpo de uma mulher é apenas algo para ser usado sexualmente
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3:11 - 3:13e de que as mulheres não são seres humanos com direitos.
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3:13 - 3:17Quantas menos escolas estiverem a ensinar Educação Sexual, maior será o papel e a responsabilidade dos media
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3:17 - 3:22como uma ferramenta que ajuda a moldar identidades e que pode prejudicar os dois sexos na sua capacidade de amar
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3:22 - 3:25e de ter relações sexuais saudáveis no futuro.
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3:25 - 3:30Não é suficiente falar com mulheres e raparigas uma por uma, este assunto tem que ser tratado de forma generalizada
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3:30 - 3:34como um problema que afecta tanto homens como mulheres. A chave para abordar este problema é
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3:34 - 3:40a separação da Sexualização e da Sexualidade. A Sexualização transforma pessoas em objectos
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3:40 - 3:43e ensina às mulheres que o seu único valor provém da sua vertente sexual.
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3:43 - 3:49A Sexualidade é a capacidade de ter e expressar desejo sexual e emoções e isso devia ser
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3:49 - 3:53aproveitado, encorajado e explorado de todas as maneiras saudáveis e positivas.
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3:53 - 3:58Muitas vezes é o direito religioso de ser anti-tudo que critica e dita as regras de como nós
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3:58 - 4:03falamos sobre o que é ou não aceitável nos media. Os progressistas e feministas precisam
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4:03 - 4:08de mudar activamente a mensagem para que esta seja sobre a igualdade das mulheres como um
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4:08 - 4:13ser humando realizado e completo e não sobre os ensinamentos patriarcais de um velho livro religioso.
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4:13 - 4:17Muitas pessoas não criticam as imagens sexualizadas das mulheres nos media porque
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4:17 - 4:21têm receio de serem atacadas com o termo sem sentido
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4:21 - 4:25e ambíguo de "anti-sexo". É um termo que foi criado durante
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4:25 - 4:30o debate feminista sobre a pornografia nos anos 80 para criar a falsa dicotomia de que as feministas que eram contra
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4:30 - 4:33a pornografia eram na verdade contra sexo também.
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4:33 - 4:39Não sou necessariamente contra videos eróticos e sexuais ou contra imagens de pessoas a terem relações sexuais saudáveis
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4:39 - 4:44nas suas vidas mas sou contra a objectivização patriarcal e a sexualização
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4:44 - 4:49das mulheres. Por isso, da próxima vez que virem imagens de mulheres quase nuas em filmes ou em revistas
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4:49 - 4:54ou até na publicidade, pergunta a ti mesmo o que é que estás a ver. Se é o ser humano completo e saudável
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4:54 - 4:58que está a ser representado? Ou uma mulher que é nada mais do que um objecto sexual?
- Title:
- Glee, GQ and the Sexualization of Young Girls
- Description:
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The recently released November issue of GQ has some highly sexualized photos of select members of the Glee cast. I weigh in on the impact that a photo shoot that takes actors who play high school students on a widely popular television show has on the sexual and gender identities of young people and their sexual lives. This is just one example of MANY images that infantalize adult women and fetishize young girls. Instead of sexualizing young people (and the imitation of young girls by adult women) for the (very disturbing) pleasure of adult men, we, as a society should be supporting and cultivating healthy sexual development and exploration in youth.
- Video Language:
- English
- Team:
- Feminist Frequency
- Duration:
- 05:09
Luce edited Portuguese subtitles for Glee, GQ and the Sexualization of Young Girls | ||
Luce edited Portuguese subtitles for Glee, GQ and the Sexualization of Young Girls |