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WikiRebels - The Documentary (2/4)

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    Em apenas 2 anos os sites publicaram mais de um milhão de documentos secretos.
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    Mas o Wikileaks como uma organização continua sendo largamente envolta em mistério.
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    Só Julian Assange e Daniel Domscheit-Berg aparecem em público, o último sob o pseudônimo Schmitt.
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    Okay, olá a todos, meu nome é Daniel Schmitt, este é Julian Assange,
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    estamos aqui para fazer uma pequena apresentação sobre o projeto do Wikileaks.
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    De acordo com o The National, o que é algo de que somos orgulhosos...
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    Esta é uma das nossas últimas citações. The National disse que
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    nós produzimos mais vazamentos em nossa curta existência que o Washington Post nos últimos 30 anos
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    Suas atividades de publicação logo levaram a contra-ataques,
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    quando o WikiLeaks liberou listas de websites censurados,
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    provedores de internet em vários países, incluindo
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    Tailândia, China e Irã o desligaram
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    Quanto mais delicado é o material que publicam,
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    mais o Wikileaks se torna objeto de processos e ameaças.
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    O Wikileaks agora chama a atenção da Inteligência americana,
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    que em um relatório classificado alega que o site é uma ameaça à segurança nacional
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    e sugere meios para derrubá-lo.
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    A prioridade é encontrar os indivíduos que vazam a informação.
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    A Inteligência americana, no entanto, só conseguiu manter o relatório secreto por um pequeno período,
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    antes que fosse vazado para o Wikileaks.
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    Agora é óbvio que o WIkileaks precisa encontrar
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    mais abrigos seguros dos quais possam publicar sua informação.
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    Uma sequência de eventos agora começa numa ilha no meio do Atlântico Norte
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    que enquanto leva a mais esforços de censura,
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    também cria novas oportunidades para o Wikileaks.
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    Em outubro de 2008 o sistema bancário islandês implodiu,
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    perdeu 94% de seu total em uma ou duas semanas,
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    era basicamente um banco falido por semana.
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    O Wikileaks obteve um material de como o catastrófico sistema bancário islandês foi a colapso
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    era em parte por nepotismo ou favoritismo descuidado e dissimualdo.
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    Quando esse documento altamente detalhado foi colocado na rede,
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    o banco lança um contra-ataque.
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    Bem, a primeira vez que ouvi falar do WikiLeaks foi em agosto de 2009.
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    Eu estava indo para uma reportagem na TV quando recebi uma indicação
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    de que esse website tinha um documento importante, recém publicado na internet.
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    O documento era a alta exposição da carteira de crédito do falido banco Kaupthing.
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    Era essencialmente "todos os reguladores foram negligentes com suas tarefas,
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    todos os banqueiros mentiram sobre a verdadeira situação das negociações."
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    A administração do banco reagiu com pânico às revelações,
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    e numa ação desesperada, forçou a justiça da Islândia
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    a recorrer a medidas extremas.
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    Eu fui o primeiro a realmente revelar essa história,
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    mas o banco reagiu de uma maneira bem interessante.
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    Essas são as notícias, Sábado 11 de agosto -
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    mas não todas as notícias que pretendíamos contar.
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    Eles obtiveram uma ordem de censura na televisão estatal,
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    na verdade a primeira e única na história do departamento de notícias do Estado islandês.
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    Está tudo lá para todos lerem no www.wikileaks.org
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    O vazamento revela os efeitos desastrosos
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    do nepotismo inerente à Islândia.
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    Nós falhamos como país porque não compartilhamos a informação que precisávamos.
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    Estamos em meio a uma escassez de informações.
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    Esse tipo de.... eventualmente leva a...
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    vamos trazer o pessoal do Wikileaks pra cá, e quando eles estavam aqui,
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    nós pensamos 'hum, ok, tem algo que vocês queiram que façamos?',
  • 4:44 - 4:48
    e é óbvio que tinha.
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    Apresentador: Bem-vindo a esse programa.
    Julian: Obrigado.
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    Apresentador: você me disse, um sonho, que nós, na Islândia,
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    deveríamos nos tornar uma vanguarda da liberdade de publicação.
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    Julian: Sim, absolutamente...
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    E eles apresentaram essa ideia que eles chamaram de "Suíça dos Bancos",
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    que era basicamente pegar o modelo de paraíso fiscal
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    e transformá-lo no modelo de paraíso da transparência.
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    Por que a Islândia não se torna o centro editorial do mundo?
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    Porque vai...
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    Julian e eu, nós estávamos apenas imaginando aquilo,
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    apenas declarando na televisão nacional que pensávamos
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    que esse seria o próximo modelo empresarial da Islândia,
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    então foi bem estranho ver no dia seguinte todos querendo falar sobre isso.
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    A Islândia tem visto alguns dos problemas que acontecem
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    quando a sociedade se torna muito secreta.
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    O Wikileaks nos deu o toque que precisávamos.
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    Nós tínhamos ideia disso, mas não sabíamos o que fazer,
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    e eles vieram e nos disseram. E isso é algo muito valioso.
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    O Wikileaks se uniu a ativistas e parlamentares islandeses
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    e juntos elaboraram uma proposta que transformaria a Islândia
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    num paraíso para o jornalismo.
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    Herbert, eu, Julian Assange e outros,
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    sentamos nesse hotel por 4 ou 5 horas
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    e escrevemos a proposta inteira, do zero.
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    A proposta foi aceita unanimemente pelo Parlamento islandês.
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    Conseguir que um projeto de lei seja aceito no Parlamento é quase impossível.
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    E essa é uma grande vitória para o Parlamento, ter uma proposta dessa natureza
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    passando pelo Parlamento
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    com todos dizendo sim.
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    É também uma vitória para o Wikileaks, que agora está
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    não apenas usando vazamentos como armas, mas também influenciando diretamente as leis sobre liberdade de expressão.
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    Todo o mundo hacker por trás do Wikileaks está crescendo cada vez mais confiante
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    de que sua visão levará a uma melhor sociedade.
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    Eu acho que pessoas que lidam com sistemas,
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    e pessoas tecnologicamente educadas estão lidando com sistemas,
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    elas entendem bastante bem os sistemas.
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    Se você olhar para a sociedade, que é apenas outro sistema,
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    as pessoas envolvidas com o Wikileaks são exatamente como eu e as outras pessoas que estão participando desta luta
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    e elas são ativistas da informação primeiro e antes de tudo.
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    Elas acreditam no poder da informação e do conhecimento,
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    e a importância de conceder a todos ambos os direitos.
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    Talvez sejam convicções semelhantes que levem um jovem ex-hacker americano
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    a fazer uma das decisões mais críticas de sua vida.
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    Bradley Manning, servindo ao exército americano como um analista de inteligência no Iraque em 2010,
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    como outros milhões de americanos nos serviços militares ou civis,
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    tem acesso a um grande banco de dados com informações secretas.
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    Ele descobre indícios de crime e corrupção
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    e fala sobre isso a outro hacker, Adrian Lamo.
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    [Conversa na tela]
    Manning: se você tivesse livre acesso a uma rede secreta,
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    e visse coisas incríveis, coisas terríveis, o que você faria?
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    Lamo: depende. Quais são os dados técnicos?
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    Manning: bem, foi encaminhado para o Wikileaks.
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    Manning: pra um maluco de cabelo branco.
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    Manning: eu fiz uma bagunça enorme.
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    Manning escreve que ele enviou centenas de milhares de relatórios militares e diplomáticos para o Wikileaks,
  • 9:04 - 9:06
    o maior vazamento de todos.
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    [Conversa na tela]
    Manning : não acredito no que estou confessando pra você.
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    Lamo: qual sua estratégia final então?
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    Manning: só Deus sabe o que vai acontecer agora.
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    Manning: tomara que discussões, debates e reformas globais.
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    Manning: ou talvez eu só seja jovem, ingênuo e estúpido.
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    Manning põe sua fé no Wikileaks.
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    No entanto, Lamo reporta o episódio aos militares.
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    Manning agora corre o risco de receber a sentença de 52 anos de prisão.
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    Muitos dos acontecimentos ainda não estão claros. Mas uma coisa é certa: nesse momento,
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    o Wikileaks recebeu documentos do mesmo conteúdo
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    que Manning é acusado de ter vazado.
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    Nós temos um compromisso com nossas fontes
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    que nós vamos dar o nosso melhor
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    para levar o material deles a público.
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    E alcançar impacto político máximo pelo risco que eles tomaram.
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    O Wikileaks está em posse de material explosivo
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    É demais, na verdade, para manejarem sozinhos.
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    Assange decide aplicar todos os seus recursos em um movimento.
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    Nós estávamos em um café e ele abriu seu laptop
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    e me disse "bem, você vai ver algo interessante".
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    Eu fiquei chocado.
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    Foi algo que eu reconheci imediatamente
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    como um material forte e extremamente importante.
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    Isto é o que a tripulação de um helicóptero de ataque americano vê
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    quando está em patrulha em Bagdá.
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    Vê todas aquelas pessoas lá embaixo?
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    Há um grupo de homens na rua abaixo.
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    Dois deles trabalham para a agência de notícias internacional Reuters.
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    O motorista, Saeed Chmagh
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    e o câmera, Namir Noor-Eldeen.
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    O que mais me incomoda é quando as pessoas abusam do seu poder
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    e prejudicam inocentes,
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    e eles na verdade não precisavam fazer isso.
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    - Hotel 26, aqui é Crazy Horse 18, há indivíduos com armas.
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    Peço permissão para atacar.
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    - Entendido, nós não temos pessoal a leste de nossa posição.
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    Pra mim, a pessoa que enviou esse material e se esforçou tanto pra parar essa guerra
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    se isso seria mostrado para as pessoas, que ao menos
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    desse para as pessoas motivação suficiente para tentar parar a próxima.
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    - Tudo bem, pode atacar.
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    - Entendido, prossiga.
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    - Não posso pegá-los agora porque estão atrás daquele prédio.
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    O que me chocou com o vídeo foi a alta resolução, a sua qualidade,
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    o uso excessivo de força para atirar em pessoas com balas hollow de 30 milímetros
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    que são projetadas para penetrar veículos blindados e tanques
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    basicamente partindo em pedaços.
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    - Me avise quando pegá-los.
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    - Ok.
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    - Acenda eles.
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    - Vamo, fogo!
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    [Metralhadora] Atire.
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    [Metralhadora] Atire.
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    [Metralhadora] Atire.
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    [Metralhadora]
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    Diferentes pessoas argumentam que foi certo os EUA invadirem o Iraque,
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    ou que foi errado,
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    mas não obstante, nesse caso,
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    mesmo que você diga que foi certo os EUA invadirem o Iraque,
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    mesmo que tenha sido certo eles estarem naquele subúrbio, àquela hora,
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    com um helicóptero,
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    observando aqueles homens feridos rastejarem pela rua.
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    Não foi útil, aos EUA,
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    que atirasse naquele homem ferido rastejando.
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    Nós temos um cara rastejando lá embaixo
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    O empregado da Reuters, Saeed Chmagh, foi seriamente ferido.
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    - Ele está levantando.
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    - Ele tem armas nas mãos?
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    - Não, não vejo uma ainda.
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    É muito importante dar voz aos que não a têm.
  • 13:45 - 13:47
    Ninguém realmente acredita nas pessoas que estão no chão
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    quando elas estão tentando contar que os crimes de guerra estão acontecendo e aconteceram às pessoas lá.
  • 13:52 - 13:56
    Então me ofereci para ajudar de qualquer forma possível.
  • 13:56 - 14:00
    - Bushmaster, aqui é Crazy horse, nós temos indivíduos entrando em cena,
  • 14:00 - 14:02
    possivelmente pegando corpos e armas.
  • 14:05 - 14:09
    - Temos que parar com isso [inaudível] lá embaixo!
  • 14:11 - 14:12
    - Pegando os feridos.
  • 14:13 - 14:15
    - Permissão para atacar.
  • 14:16 - 14:18
    - Bora, atirem!
  • 14:20 - 14:24
    Um pai levando suas crianças à escola vê o homem machucado
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    e vai ajudá-lo.
Title:
WikiRebels - The Documentary (2/4)
Video Language:
English
Duration:
14:31

Portuguese subtitles

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