Return to Video

Welcome to Software Freedom Day by Richard Stallman (september 2010)

  • 0:00 - 0:03
    Bem vindo ao "Software Freedom Day" (Dia da Liberdade do Software).
  • 0:03 - 0:04
    Eu sou Richard Stallman.
  • 0:04 - 0:09
    Eu comecei o movimento do Software Livre em setembro de 1983.
  • 0:10 - 0:14
    Um movimento de liberdade para as pessoas que usam software
  • 0:14 - 0:20
    um software é livre se ele respeita as liberdades do usuário.
  • 0:20 - 0:24
    O livre vem de liberdade. Não quer dizer que ele seja de graça.
  • 0:24 - 0:29
    Na verdade não estamos nem falando sobre preço, e sim sobre sua liberdade.
  • 0:29 - 0:38
    Se um software não é livre, o chamamos de software não-livre, software proprietário, software do usuário submisso.
  • 0:38 - 0:46
    Porque esse software coloca o usuário sob o controle injusto de outras pessoas.
  • 0:46 - 0:52
    Então, o que significa um software respeitar a sua liberdade?
  • 0:52 - 0:57
    Existe quatro liberdades essenciais que formam a definição de Software Livre.
  • 0:57 - 1:02
    Liberdade 0 é a liberdade de executar o software como você quiser.
  • 1:02 - 1:07
    Liberdade 1 é a liberdade de estudar o código-fonte e modificá-lo,
  • 1:08 - 1:11
    para que o programa faça o que você quiser.
  • 1:11 - 1:14
    Liberdade 2 e a liberdade de ajudar os outros.
  • 1:14 - 1:20
    Essa é a liberdade de redistribuir cópias originais do programa, quando você quiser.
  • 1:20 - 1:25
    Liberdade 3 é a liberdade de contribuir com a sua comunidade.
  • 1:25 - 1:31
    Essa é a liberdade de distribuir cópias da sua versão modificada aos outros, quando você quiser.
  • 1:31 - 1:40
    Todas as quatros liberdades são essenciais para que os usuários tenham controle sobre os softwares que ele usam.
  • 1:40 - 1:48
    E é isso que importa. Com softwares, ou o usuário controla o programa ou o programa controla o usuário.
  • 1:48 - 1:52
    Quando o usuário controla o programa, é Software Livre.
  • 1:52 - 1:56
    Quando o programa controla o usuário, é software proprietário.
  • 1:56 - 2:04
    Quando eu comecei com o movimento do Software Livre, eu anunciei o desejo de desenvolver um sistema operacional GNU.
  • 2:04 - 2:10
    E o sistema tinha que ser inteiramente Software Livre. E esse é o ponto crucial.
  • 2:10 - 2:15
    Porque se o sistema é inteiramente Software Livre, se o todos os softwares que você usa são livres,
  • 2:15 - 2:18
    então você tem controle sobre o seu computador.
  • 2:18 - 2:26
    Mas se você usa alguns softwares proprietários, então você não tem o controle total sobre o seu computador, e um outro alguém tem
  • 2:26 - 2:29
    controle injusto sobre você.
  • 2:29 - 2:37
    Então, como primeiro estágio, nós estávamos desenvolvendo um sistema operacional totalmente livre,
  • 2:37 - 2:41
    porque você não pode fazer nada com o seu computador sem um sistema operacional.
  • 2:41 - 2:52
    A ideia do GNU era ser um sistema UNIX, e o nome GNU significa "GNU's Not Unix" (GNU não é Unix).
  • 2:52 - 3:01
    Então em 1992 nós tínhamos quase todo o sistema GNU, mas faltava uma peça crucial: o kernel (núcleo).
  • 3:01 - 3:05
    Nós estávamos trabalhando em um kernel, mas o projeto não estava sendo muito bem sucedido.
  • 3:05 - 3:12
    Mas em 1992 o Sr. Torvalds fez o seu próprio kernel, Linux, Software Livre.
  • 3:12 - 3:20
    Então a combinação GNU + Linux o fez ser o primeiro sistema operacional livre.
  • 3:20 - 3:25
    O primeiro que iria rodar, por exemplo, em um PC ou em um clone
  • 3:25 - 3:31
    e isso é o sistema GNU + Linux que muitos de vocês estão usando.
  • 3:31 - 3:39
    Mas é claro que não basta só ter um sistema operacional, que é um complexo de centenas de milhares
  • 3:39 - 3:46
    de programas que fazem as coisas usuais, serem livres. Para se obter liberdade, nós temos que insistir em aplicações livres,
  • 3:46 - 3:49
    utilitários livres, livre, não importando o que seja.
  • 3:49 - 3:57
    E é aí que a nossa comunidade, em grande parte, se esqueceu do problema.
  • 3:57 - 4:06
    Porque muitas pessoas que usam o GNU + Linux executam softwares proprietários nele,
  • 4:06 - 4:11
    ou usam drivers proprietários, e isso quer dizer que eles não atingiram a liberdade.
  • 4:11 - 4:18
    A maioria da comunidade aprecia a conveniência do sistema GNU/Linux
  • 4:18 - 4:26
    e não tem como objetivo a liberdade. Por isso que precisamos de eventos para nos focarmos nesse problema.
  • 4:26 - 4:29
    Mas precisamos ensinar as pessoas o que isso quer dizer na prática.
  • 4:29 - 4:36
    Existem centenas, talvez milhares de diferentes distribuições GNU/Linux,
  • 4:36 - 4:44
    e a maioria delas na verdade vêm, ou sugerem que você instale, softwares que não são livres.
  • 4:44 - 4:52
    Eles não são, apesar de serem versões basicamente de um sistema operacional livre GNU/Linux
  • 4:52 - 4:58
    a maioria das distros não são, de fato, composto por softwares livres.
  • 4:58 - 5:03
    Existe partes que são livres e partes que são proprietárias, logo eles não te levam a liberdade.
  • 5:03 - 5:11
    Negligenciar isso significa que a nossa comunidade não está se dirigindo diretamente para a liberdade, mas sim se desviando
  • 5:11 - 5:17
    e se você seguir este outro caminho, você não chegará na liberdade.
  • 5:17 - 5:26
    Então precisamos focar a atenção das nossas comunidades em instalar distribuições inteiramente livres
  • 5:26 - 5:33
    e você pode encontrar uma lista delas em gnu.org/distros.
  • 5:33 - 5:41
    Dentre aplicações proprietários que as pessoas frequentemente cometem o erro de usá-las
  • 5:41 - 5:52
    no seu sistema livre GNU/Linux, estão dois exemplos notáveis: o Adobe Flash Player,
  • 5:52 - 5:59
    que não é apenas proprietário, é também malicioso. Ele tem dois recursos maliciosos conhecidos:
  • 5:59 - 6:08
    o Digital Restrictions Management (DRM), que restringe o que o usuário pode fazer
  • 6:08 - 6:15
    com os dados do seu próprio computador, e também o que chamamos de "Super Cookies",
  • 6:15 - 6:22
    que permite que um site escreva informações no Flash Player e que outro seja capaz de ler essas informações
  • 6:22 - 6:32
    e não há como impedir que vários sites cruzem essas informações e identifiquem os usuários, logo isso é um software malicioso.
  • 6:32 - 6:45
    O outro exemplo notável é o Skype. Skype é um software proprietário, e você não tem a mínima ideia do que ele esteja fazendo.
  • 6:45 - 6:54
    O que é realmente ruim nesses dois, o que os fazem ser um problema tão grande,
  • 6:54 - 7:03
    é que as pessoas são convidadas a usar esses formatos por pressão de outras pessoas que usam o mesmo software proprietário.
  • 7:03 - 7:12
    Por exemplo, se você coloca o seu usuário do Skype na assinatura do seu email, você está dizendo em todas as suas mensagens:
  • 7:12 - 7:17
    "Usem Skype! Skype é bom! Mesmo que seja proprietário, é bom!"
  • 7:17 - 7:24
    Bem, se você diz isso, você está dizendo exatamente o oposto do que prega o movimento do Software Livre, que diz:
  • 7:24 - 7:30
    "Busque a sua liberdade. Não use software proprietário pois eles tiram a sua liberdade de você."
  • 7:30 - 7:37
    Outra coisa que leva as pessoas a negligenciar esses problemas é o fato que ambos os programas
  • 7:37 - 7:47
    estão disponíveis gratuitamente. Eles são grátis, mas eles não são livres, e o preço não é tão importante quanto a liberdade.
  • 7:47 - 7:53
    Não aceite a gratuidade como um substituto da liberdade.
  • 7:53 - 8:02
    Para mais informações sobre o sistema GNU, entre em gnu.org, e para mais informações sobre
  • 8:02 - 8:08
    o movimento do Softare Livre, entre em fsf.org. Esse é o site da Free Software Foundation (Fundação do Software Livre).
  • 8:08 - 8:15
    Você irá encontrar material lá, e você também pode se associar a Free Software Foundation ou
  • 8:15 - 8:17
    receber mais informações nas listas de discussão.
  • 8:17 -
    Obrigado por apoiar a liberdade!
Title:
Welcome to Software Freedom Day by Richard Stallman (september 2010)
Video Language:
English

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions